Patrícia Candoso
A minha mensagem de Natal

Sou católica, não praticante é certo, mas de educação católica. E um dos ensinamentos que nos é passado logo cedo é o de não ter sentimentos ruins pelo nosso irmão... entenda-se como “próximo” ou “filho de Deus”. Tal como todos os irmãos, penso eu, principalmente na infância e adolescência, eu e a minha irmã tivemos as nossas zangas, as nossas diferenças... seis anos faz mesmo diferença! Felizmente os nossos pais sempre cultivaram em nós o sentimento de pura amizade, de amor entre irmãos. Sempre nos educaram a aceitar as nossas diferenças, a não invejar o sucesso e felicidade uma da outra e fazendo-nos saber que, independentemente de para onde a vida nos levar, a nossa ligação será única e devemos sempre ser as melhores amigas e apoiarmo-nos nos bons e maus momentos. Eu acho que o papel dos pais na aceitação e amizade entre irmãos é fundamental. Há pais que não conseguem fazê-lo, e quem sou eu para criticar, até porque não é de todo esse o sentido desta publicação. Mas pensar que agora sou mãe e não sei se um dia a Maria Clara terá um irmão ou irmã, mas será esta partilha que vou querer transmitir-lhes. Fico triste pelas pessoas que não sabem o que é sentir este amor pelos seus irmãos. E mesmo quando têm filhos e tentam transmitir-lhes esses valores, que sentido isso faz? Nenhum, a meu ver. Acho que todos nós sabemos que aprendemos pelo exemplo. Faz o que eu digo e não o que eu faço...?! Não existe! Bom, mas cada família tem as suas vivências, regras, educação... e não quero com isto dizer que a minha é perfeita, longe disso. Até porque a perfeição deve ser tão aborrecida... quero com isto partilhar, com quem tem uma relação assim com os seus irmãos, o quanto é bom sentir este amor, olhar para alguém e falar sem falar... O Natal é a celebração do nascimento do sentimento mais puro e neste Natal sejamos mais irmãos dos verdadeiros irmãos! Feliz Natal para todos!