Ontem resolvi sair. Resolvi maquilhar-me, arranjar o cabelo, calçar uns saltos altos e quando me olhei ao espelho gostei do que vi. Uma mulher, que apesar de ser mãe não deixa de ser mulher, em todos os sentidos da palavra.
É normal colocarmos o nosso bebé em primeiro lugar, é normal ele ser o centro das atenções das nossas vidas, é normal querermos o seu bem-estar acima do nosso, é normal ele ser a nossa prioridade máxima! É normal mas, na minha opinião não está totalmente certo. É normal porque nos primeiros meses de vida são tão frágeis e dependem totalmente de nós, mas à medida que crescem temos que lhes ir dando liberdade para poderem criar autonomia e capacidade de enfrentar os pequenos desafios do dia-a-dia. Assim espero conseguir fazê-lo, pois sei... falar é fácil!
Não podemos esquecer que nós existimos e para cuidarmos bem do nosso bebé temos que estar bem em primeiro lugar.
Não podemos esquecer do nosso companheiro e da nossa relação, que já existia antes do bebé nascer. Aliás o bebé é o fruto desse amor, por isso, na minha opinião, esse amor deve ser o centro das atenções das nossas vidas. Até porque amar um filho é natural, é um ser que faz parte de nós, amá-lo-emos para sempre. Já o amor entre um casal tem de ser cultivado, temos de cuidar dele todos os dias, temos de fortalecer os laços que nos une e tentar manter acesa a chama.
Claro que não é fácil... há dias em que não é possível, não há paciência, não há forças físicas nem psicológicas para o romance. Mas basta um olhar cúmplice nesses dias...
O pai e a mãe são em primeiro lugar marido e mulher, namorados, amantes, amigos e nenhum filho nasce para acabar com o que já existia entre os pais.
É tão bom aqueles passeios a três quando está sol... mas também é bom um jantar só a dois! O importante para uma relação saudável entre mãe, pai e filhos é haver equilíbrio nas prioridades. Não se trata de saber quem está em primeiro lugar pois cada um tem o seu papel na família.
Ontem resolvi sair... fui assistir ao desfile Fátima Lopes FW18/19, a coleção outuno/inverno, foram apenas duas horas mas revi amigos e colegas, recebi elogios pela minha rápida recuperação e por estar "uma mãe linda"... foi bom! Fez bem ao ego e foi uma brisa de ar fresco.